segunda-feira, 19 de abril de 2010

Agradecimentos

A Dr.ª Helena Castro (Psicóloga) colaborou imenso com o nosso projecto e disponibilizou-se de imediato para estar presente na nossa palestra. Sendo assim, queremos agrader-lhe aqui, no nosso blogue, não só pelos motivos que já referi, mas também pela amabilidade com que fomos recebidas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Luisa de Jesus

origem da imagem: http://3.bp.blogspot.com/_Xi9-3Qz-9Xk/RebR9Vd14eI/AAAAAAAAAQQ/n0zHM6xOl9g/s200/pena.jpg

Luísa de Jesus foi a última mulher executada em Portugal a 1 de Julho de 1772, em Coimbra. Foi executada aos 22 anos de idade por ter assassinado 33 bebés abandonados, que ela ia buscar à "roda" de Coimbra (onde se deixavam os bebés indesejados). Algumas vezes ela usava o seu nome verdadeiro, outras vezes usava um nome falso, mas tinha sempre o intuito de se apoderar do enxoval da criança e embolsar os 600 réis que eram dados cada vez que se ia buscar uma criança. A ré só confessou a autoria de 28 homicídios. Foi "atenazada" (mortificada, insultada) pelas ruas de Lisboa tendo em seguida sido garroteada e queimada em execução pública.

Agradecimentos




No dia 25 de Março, tivemos o prazer de conversar com o Dr. José Queirós (Director do Departamento de Internamento do Hospital Magalhães Lemos e Professor de Psiquiatria) que nos forneceu informação bastante útil para a realização do nosso trabalho.
É de realçar, que fomos recebidas da melhor maneira e que, para além de tirarmos algumas dúvidas sobre a Psicopatia, tivemos o privilégio de conhecer o espaço e alguns profissionais do Hospital Magalhães Lemos, assim como alguns trabalhos feitos por pacientes.
Como tal, queremos desde já agradecer-lhe através do nosso blogue pela disponibilidade e pela amabilidade com que nos recebeu.

Andrei Chikatilo

Origem da imagem: http://cabalgandoaltigre.files.wordpress.com/2007/04/chikatilo.jpg

Andrei Chikatilo foi uma prova viva de que as aparências enganam e muito...

Andrei Romanovich Chikatilo nasceu na Ucrânia a 16 de Outubro de 1936 e morreu a 14 de Fevereiro de 1994. Ele foi um assassino em série russo que foi apelidade de "Estripador Vermelho" devido ao estrangulamento das suas vítimas.

Quando era criança, a mãe de Andrei contava-lhe a história de um suposto irmão chamado Stepan (o qual nunca se provou a sua existência - não há registos do seu nascimento nem da sua morte) que teria sido sequestrado e canibalizado durante a grande fome que assombrou a Rússia da década de 1930.

Quando era jovem, Andrei teve de atravessar uma fase muito dura psicológicamente para um jovem rapaz, visto que sofreu temporariamente de impotência. Contudo, Andrei casou na década de 1960 e teve dois filhos. Mas Andrei sempre se demonstrou bastante perturbado, pois acreditava que tinha sido cegado e castrado ao nascimento e, estas ideias conduziram-no a actos mórbidos de revolta e violência.

Apesar de todos estes abalos na sua vida de infância e adolescência, Andrei formou-se e começou a trabalhar numa escola para rapazes, situada em Rostov do Don, onde era vítima de brincadeiras dos alunos que inicialmente o chamaram de "ganso" (devido a seu pescoço comprido e estranha postura) e posteriormente passaram a chamá-lo de "maricas", uma vez que passou a abordar estudantes no dormitório. Apesar de sua idade e tamanho, Andrei sentia-se intimidado pelos alunos e, por isso, passou a levar sempre consigo uma faca.

Ninguém poderia sequer desconfiar que crimes tão horriveis poderiam ser comentidos por alguém tão sereno como Andrei e, como tal, os seus crimes só foram descobertos quando ele matou e canibalizou dezenas de vítimas, na sua maioria crianças, que ele encontrava em estações de autocarro ou comboio. Ele chegou a ser detido para averiguações, mas foi logo libertado quando ficou comprovada a incompatibilidade entre o seu sangue e o sêmen encontrado nas vítimas (algo raro, mas possível de ocorrer). Devido a essa incompatibilidade, Andrei passou a agir com mais confiança e menos medo. Ele só foi preso porque dois investigadores bastante determinados (e que estiveram involvidos na sua primeira detenção) se lembraram do nome dele depois de ele ter sido visto a sair de um bosque próximo a uma estação de comboio (algo compatível com os locais onde as vítimas eram escolhidas e depois abandonadas).

Quando foi julgado, Andrei defeniu-se como  um "aborto da natureza, uma besta louca", ao qual "só restava a condenação à pena de morte, o que seria até pouco para ele", nas palavras do próprio. Sendo assim, o seu desejo foi atendido e a sua execução ocorreu na prisão, em 14 de fevereiro de 1994 (morreu fuzilado).

Contudo, antes de morrer, Andrei chocou toda a sociedade russa com as descrições sangrentas dos seus crimes. Ele próprio contou com pormenores como fervia e arrancava testículos e mamilos de suas vítimas, algo terrivelmente perturbador para qualquer pessoa com principios morais.

O filme "Evilenko", de 2004, dirigido por David Grieco, e onde Malcolm McDowell se estreou no papel do assassino, é baseado na história de Andrei Romanovic Chikatilo.


Andrei Romanovic Chikatilo é um exemplo que demonstra perfeitamente toda a frieza de um psicopata. Contudo, também é um optimo exemplo para demonstrar que a sociedade e o meio são os principais responsáveis pela formação da revolta e do ódio nas cabeças e nos corações destes seres que tanto medo nos metem.